segunda-feira, 16 de dezembro de 2019

A solução que pode virar um problema

               Um assunto comum quando se trata de smart grids são os painéis solares. Geradores de energia utilizando uma fonte renovável e em abundância no mundo, o sol. Porém, algo muito importante e que vem crescendo cada vez mais é o lixo gerado por esse tipo de energia. Inicialmente pode parecer estranho falar de lixo em relação a geração fotovoltaica, contudo, vale lembrar que os painéis são feitos de material eletrônico e que tem sim uma vida útil, ou seja, haverá um momento em que os painéis solares deverão ser trocados por novos e seu descarte deve ser feito de forma correta.

               Há empresas que dizem durar 20 anos, outras 25 anos e até que comprovem que duram mais do que isso, porém a média seria entre 20 e 25 anos e assim, isso se torna um problema não muito distante de nós.  Outro fator que deve ser levado em consideração é a alta procura e alto número de instalações nos últimos anos, que pode fazer com que daqui 20/25 anos, tenhamos um grande número de painéis solares precisando ser descartados. Mas o que será que pode ser feito para que estes painéis sejam descartados de forma correta?

               Em 2009, foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo a Lei nº 13.576 que institui normas e procedimentos para reciclagem, gerenciamento e destinação final de lixo eletrônico. Essa lei prevê que empresas que fabricam, comercializam ou importem produtos eletroeletrônicos. Ela também especifica os tipos de produtos que entram nessa categoria e as multas relacionadas ao não cumprimento da lei. Essa é uma das atitudes que podem ser tomadas e que deve servir de exemplo para outros estados que tenham a preocupação com isso.

               Outra forma de diminuir o impacto desse lixo nos anos que ainda virão seria a reciclagem. A reciclagem pode ser um meio muito eficiente para a mitigação deste problema, pois a partir dela podemos reduzir substancialmente o que podemos chamar de lixo. Para isto podemos destacar diversas ações que já são realizadas por alguns governos e por organizações não governamentais que se preocupam com isso e que podem ser usadas como exemplo para locais que deixam de tratar sobre isso.

               Uma instituição que deve ser usada como exemplo é o Instituto Ramacrisna, que lançou o Própolis - Polímeros para Inclusão Social, onde a ideia é a utilização do material plástico provindo de produtos eletroeletrônicos no processo produtivo de aquecedores solares onde estes são designados a locais e residências carentes. Abaixo, o site onde eles mostram o projeto desde seu objetivo até a forma que fazer e onde também recebem doações para o projeto.


               Podemos ver então que formas de como diminuir o impacto dessa geração de lixo eletrônico não faltam e que de acordo com medidas que podem ser tomadas, isso nem chegue a virar um problema. Para isso a conscientização deve começar agora, desde empresas que precisam controlar o lixo que produzem, até o governo, criando incentivos e ajudando no processo destinação correta para o lixo.





 REFERÊNCIAS




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